MNE alemã pede novas sanções a drones iranianos e anuncia visita a Israel

Publicado: 16/04/2024, 19:05
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A Ministra dos Negócios Estrangeiros (MNE) da Alemanha, Annalena Baerbock, anunciou que irá viajar hoje até Israel para discutir formas de "evitar uma nova escalada" na região e defendeu novas sanções da União Europeia (UE) contra os 'drones' iranianos.

Com esta deslocação, a chefe da diplomacia alemã pretende assegurar aos parceiros israelitas a "total solidariedade da Alemanha" após o ataque conduzido pelo Irão contra Israel no passado fim de semana e discutir "como evitar uma nova escalada de violência" na região do Médio Oriente, segundo referiu durante uma conferência de imprensa conjunta em Berlim com o seu homólogo da Jordânia, Ayman Safadi.

Nas mesmas declarações, Baerbock também pediu novas sanções por parte de países da UE contra os 'drones' (aparelhos aéreos não tripulados) iranianos, para defender os alvos de agressão do regime de Teerão.

"No final do outono, pedi à França e a outros parceiros da UE para que este regime de sanções aos 'drones' fosse alargado a novos tipos de equipamento utilizados por Teerão e pelos seus aliados", disse a ministra alemã.

"Espero que finalmente possamos dar este passo juntos como UE", acrescentou Baerbock.

No verão passado, a UE adotou medidas restritivas devido ao apoio militar do Irão à guerra da Rússia contra a Ucrânia, incluindo a imposição de uma proibição às exportações comunitárias para o Irão de componentes utilizados na construção de 'drones'.

A chefe da diplomacia alemã defendeu ainda um endurecimento das sanções contra a Guarda Revolucionária do Irão (ramo das forças armadas iranianas criado após a Revolução Islâmica de 1979), alegando as "atrocidades cometidas pelo regime iraniano contra a sua juventude, especialmente as mulheres".

O Irão lançou na noite de sábado e madrugada de domingo um ataque contra Israel, com recurso a mais de 300 'drones', mísseis de cruzeiro e balísticos, a grande maioria intercetados, segundo o Exército israelita.

Teerão justificou o ataque como uma medida de autodefesa, argumentando que a ação militar foi uma resposta "à agressão do regime sionista" contra as instalações diplomáticas iranianas em Damasco (Síria), ocorrida a 1 de abril e marcada pela morte de sete membros da Guarda Revolucionária e seis cidadãos sírios.

A comunidade internacional ocidental condenou veementemente o ataque do Irão a Israel, apelando à máxima contenção, de forma a evitar uma escalada da violência no Médio Oriente, região já fortemente instável devido à guerra em curso há mais de seis meses entre Israel e o grupo islamita palestiniano Hamas na Faixa de Gaza. (RM-NM)

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