O antigo Presidente da República Jorge Sampaio morreu esta sexta-feira, aos 81 anos, no hospital de Santa Cruz, em Lisboa.
Antes do 25 de Abril de 1974, foi um dos protagonistas da crise académica do princípio dos anos 60, que gerou um longo e generalizado movimento de contestação estudantil ao Estado Novo, tendo, como advogado, defendido presos políticos durante a ditadura.
Jorge Sampaio foi secretário-geral do PS (1989-1992), presidente da Câmara Municipal de Lisboa (1990-1995) e Presidente da República (1996 e 2006).
Após a passagem pela Presidência da República, foi nomeado em 2006 pelo secretário-geral da Organização das Nações Unidas enviado especial para a Luta contra a Tuberculose e, entre 2007 e 2013, foi alto representante da ONU para a Aliança das Civilizações.
Atualmente presidia à Plataforma Global para os Estudantes Sírios, fundada por si em 2013 com o objetivo de contribuir para dar resposta à emergência académica que o conflito na Síria criara, deixando milhares de jovens sem acesso à educação.
O Presidente angolano, João Lourenço, lamentou hoje a morte do antigo chefe de Estado português Jorge Sampaio, destacando o seu empenho "na luta por um futuro melhor para toda a humanidade".
"Foi com um profundo sentimento de pesar que tomei conhecimento do falecimento, por doença, de Jorge Sampaio, personalidade de grande relevo na vida democrática portuguesa", escreveu João Lourenço numa nota esta sexta-feira divulgada.
O ministro dos Negócios Estrangeiros e da Imigração do Luxemburgo, Jean Asselborn, lamentou hoje a morte do antigo chefe de Estado português Jorge Sampaio, considerando-o um "grande político e homem próximo do povo".
Numa publicação em francês e em português, na conta oficial do Ministério dos Negócios Estrangeiros do Luxemburgo, na rede social Twitter, o socialista luxemburguês reagiu "com tristeza à notícia da morte do antigo Presidente de Portugal e amigo de longa data Jorge Sampaio".
O Presidente da República de São Tomé e Príncipe, Evaristo Carvalho, lamentou hoje a morte do antigo chefe de Estado português Jorge Sampaio, que recordou como "um dos promotores da democracia em Portugal".
"Venho nesta hora de grande dor e pesar, tanto para a família, como para Portugal, endereçar, em meu nome próprio e em nome do povo de São Tomé e Príncipe as mais sentidas condolências por esta grande perda", afirma o chefe de Estado são-tomense, numa mensagem de condolências enviada à Lusa.
O Presidente da Guiné-Bissau, Umaro Sissoco Embaló, considerou hoje que Jorge Sampaio, falecido hoje aos 81 anos, foi "uma grande figura política de Portugal" e endereçou votos de pesar ao seu homólogo, Marcelo Rebelo de Sousa.
Em nota de pesar endereçada também endereçada à família, Sissoco Embaló transmitiu a Marcelo Rebelo de Sousa a sua "profunda dor e consternação" pelo falecimento de Jorge Sampaio.
"Foi com grande pesar que tomei conhecimento do falecimento do antigo Presidente da República portuguesa, Dr. Jorge Sampaio. Neste momento de profunda dor e consternação, gostaria em nome do Povo da República da Guiné-Bissau e em meu próprio nome de endereçar a Vossa Excelência e à família enlutada deste que foi uma grande figura política de Portugal, as nossas sentidas condolências", lê-se na nota de pesar.
O primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez, lamentou hoje a morte do ex-presidente português Jorge Sampaio, que considera ter sido "um grande político, um grande construtor de consensos e precursor de alianças entre a esquerda" portuguesa.
"Deixou-nos uma referência do socialismo, o ex-presidente de Portugal, Jorge Sampaio. Um grande político, um grande construtor de consensos e precursor de alianças entre a esquerda do seu país", disse o chefe do Governo espanhol numa mensagem publicada na sua conta da rede social Twitter.
O secretário executivo da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) considera que o antigo Presidente da República, Jorge Sampaio, que faleceu hoje, "foi um incondicional militante das causas dos povos e dos valores" do espaço lusófono.
Num comunicado emitido hoje, o timorense Zacarias da Costa, que tomou posse em julho como secretário executivo, recorda que Jorge Sampaio, "embaixador da Boa Vontade da CPLP e agraciado com o prémio José Aparecido de Oliveira [daquela organização] foi um incondicional militante das causas dos povos" e dos valores da comunidade, contribuindo ainda com "elevado mérito para a projeção da Língua Portuguesa".
O secretário-geral das Nações Unidas afirmou hoje que Jorge Sampaio foi uma figura "central" da democracia de Abril, um "incomparável homem de Estado" que deixou uma marca "decisiva" na luta pela paz e no diálogo entre civilizações.
Jorge Sampaio, antigo secretário-geral do PS (1989/1992) e Presidente da República (1996/2006), morreu hoje aos 81 anos, depois de ter estado internado no Hospital de Santa Cruz, em Lisboa, desde 27 de agosto, com dificuldades respiratórias.
Numa declaração à agência Lusa, António Guterres, que sucedeu a Jorge Sampaio na liderança do PS em 1992 e que desempenhou funções de primeiro-ministro entre 1995 e 2001, disse que ficou "profundamente emocionado e entristecido com a notícia da morte de Jorge Sampaio". (RM-NM)
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