Autoridades governamentais moçambicanas lançam movimento de solidariedade em apoio às duas mil e quinhentas pessoas oriundas de Morrumbala e Mutarara, que se deslocaram para o distrito de Nsanje, no Malawi, devido as inundações causadas pela depressão tropical Ana.
O movimento de solidariedade, está a ser liderado pelo alto comissariado de Moçambique em Lilongwe e o consulado, em Blantyre.
A Rádio Moçambique soube que várias instituições foram contactadas para prestarem apoio em víveres e a reacção é positiva.
A mobilização de apoios por parte das autoridades moçambicanas acontece numa altura em que países amigos e parceiros de cooperação do governo do Malawi, estão a canalizar vários apoios para cerca de novecentas mil pessoas afectadas pela tempestade tropical Ana.
Alimentação, vestuário, tendas, medicamentos, ambulâncias, vindos de parceiros do governo do Malawi, são imediatamente canalizados para assistência às vítimas das cheias.
Mas alguns moçambicanos acampados em Nsanje, denunciam descriminação na distribuição de víveres.
Os deslocados moçambicanos, por exemplo, recebem uma quantidade insignificante de produtos em comparação com os malawianos e nos campos de acomodação de Nsanje centro, ainda não há tendas, numa altura em que chove quase todos os dias.
O gestor do centro de evacuação de Thole, Charles Bishop, confirmou à RM que os moçambicanos não estão a ter os mesmos benefícios que os malawianos mas o porta-voz do governo distrital de Nsanje, Robert Najeya, refuta as acusações.
O porta-voz do departamento de gestão de desastres, Chipiliro Khamula, disse que os produtos de socorro são destinados a todas as vítimas da tempestade, sem olhar para a nacionalidade.
Afirmou que impedir alguém de receber doações por causa da nacionalidade é uma violação dos princípios da abordagem humanitária, tendo acrescentado que o governo não pode tolerar atitudes desumanas, numa altura em que se procura assistir as vítimas das cheias. ( RM Blantyre)
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