Subiu para noventa e sete, o número de vitimas mortais na sequência do naufrágio ocorrido este domingo na ilha de Moçambique.
As últimas três vítimas foram localizadas esta manhã e mantem-se ainda o número de onze sobreviventes.
É uma informação actualizada esta manhã pelo Administrador da Ilha de Moçambique, Silvério Nauaito.
Silvério Nauaito disse que as autoridades de Administração Marítimas e outros organismos continuam a fazer buscas ao largo das aguas e da orla marítima entre Ilha de Moçambique e o Posto administrativo de Lunga em Mossuril para a localização de mais desaparecidos, enquanto que outros membros apoiam as famílias nos funerais.
Refira-se que a embarcação de pesca naufragada levava à bordo, cento e trinta pessoas que se retiravam do posto administrativo de Lunga para à lha de Moçambique devido a uma agitação de existência de surto da cólera que está a provocar mortes.
Em comunicado de Imprensa enviado à Comunicação Social, o Conselho dos Serviços Provinciais de Representação de Estado de Nampula avança como principais causas que determinaram o naufrágio, a utilização da embarcação inapropriada para o transporte de passageiros e a superlotação da mesma.
A Rádio Moçambique soube que o Secretario de Estado da província, Jaime Neto e o Governador de Nampula, Manuel Rodrigues deslocam-se esta tarde para confortar e acompanhar de perto o processo de assistência as famílias que perderam seus parentes e as acções de busca de desaparecidos.
Entretanto, religiosos entrevistados pela Rádio Moçambique em Quelimane, na Zambézia, solidarizam-se com as vítimas do naufrágio, onde morreram noventa e sete pessoas e onze feridos, segundo dados preliminares.
Na sua opinião, o pais devia decretar luto nacional por aquele trágico acidente marítimo.
Os nossos entrevistados lamentaram pelo facto de os proprietários de muitas embarcações priorizarem o dinheiro do que a observância das regras de segurança, dentre as quais a lotação, as condições mecânicas dos seus meios de transporte e coletes de salvação.
O Padre da Igreja Anglicana na Zambézia, Samuel Manuel, disse que os moçambicanos devem rezar para que Deus conforte os corações das famílias enlutadas.
O Delegado do Conselho Islâmico na Zambézia, Sheik Ismael Kassamugi, classificou o naufrágio de Nampula, como sendo um massacre.
Sheik Ismael Kassamugi pediu aos proprietários das embarcações para respeitarem a vida humana. (RM)
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