Nova troca de acusações entre Rússia e Ocidente no Conselho de Segurança

Publicado: 14/07/2023, 12:20
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O Conselho de Segurança das Nações Unidas foi hoje novamente palco de troca de acusações entre Rússia e países ocidentais, numa reunião sobre migrações convocada pela diplomacia russa, que acabou acusada de criar uma crise migratória histórica ao invadir a Ucrânia.
“Rapidamente escalou para uma troca de acusações a reunião do Conselho de Segurança convocada, esta quinta-feira, pela Rússia em formato 'Fórmula Arria' (reuniões informais com representantes da sociedade civil) para abordar a crise dos "migrantes, refugiados e solicitantes de asilo que cruzam as fronteiras por terra e por mar".
Moscovo, que invadiu a Ucrânia em Fevereiro de 2022, acabou acusada de ter criado uma das maiorias crises migratórias de sempre.
"O Alto-comissariado das Nações Unidas para os Refugiados informou que a invasão ilegal russa da Ucrânia resultou em mais de seis milhões de refugiados, que fugiram da violência e destruição russa. Centenas de milhares de civis ucranianos foram transferidos à força pelas forças russas como parte da sua guerra ilegal e não provocada. Estamos particularmente preocupados com milhares de crianças ucranianas transferidas à força pela Rússia", disse a missão norte-americana.
Também a delegação da Albânia notou estranheza pelo facto de a Rússia expressar preocupação com a protecção de refugiados e requerentes de asilo "quando a agressão russa da Ucrânia é responsável pelo maior deslocamento forçado de pessoas na Europa desde a Segunda Guerra Mundial".
"No mínimo, os Estados não devem invadir outros Estados e causar mais de seis milhões de refugiados, como fez a brutal agressão russa contra a Ucrânia. No mínimo, os Estados não devem usar as migrações como arma, não devem usar pessoas desesperadas para chantagear outros países, como fizeram a Rússia e o regime de Assad (Síria) em 2015, bombardeando deliberadamente áreas povoadas com o objectivo de forçar milhões de sírios a fugir e embarcar em jornadas perigosas para fora do país", apontou a Albânia.
Já o Reino Unido indicou que se a Rússia realmente se preocupasse com o sofrimento dos refugiados em todo o mundo, começaria por acabar com a guerra na Ucrânia.
Mencionando a rota de migrações do Mar Mediterrâneo e rotas atlânticas, as quais considerou "uma armadilha mortal", a missão russa junto da ONU advogou que uma das razões para os crescentes fluxos de migrantes desde o Médio Oriente e Norte de África para a Europa é a "interferência ilegal" do ocidente nos países de origem desses migrantes, dando como exemplo a Líbia, conflito em que Moscovo tem interferido directamente.
Evocou ainda "o legado do colonialismo" ocidental, acusou a Agência Europeia da Guarda de Fronteiras e Costeira de "estar envolvida em graves violações" e os Estados Unidos de "práticas desumanas", principalmente na fronteira com o México.
A ofensiva militar russa no território ucraniano, lançada a 24 de Fevereiro do ano passado, mergulhou a Europa naquela que é considerada a crise de segurança mais grave desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945). (RM /NMinuto)

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