A responsável da unidade técnica anti-covid da Organização Mundial da Saúde (OMS), Maria Van Kerkhove, disse, esta quinta-feira, não haver provas de que a variante do vírus identificada na África do Sul seja mais mortal do que outras.
“Não pouco há indícios de que cause um maior número de casos graves e seja mais difícil de diagnosticar”, afirmou em conferência de imprensa, em Genebra, na sede da organização."Identificou-se sim um aumento na capacidade de contágio, parecida com a que observamos com a variante do Reino Unido", admitiu Van Kerkhove.Outro aspecto detectado pela OMS foi que as vacinas anti-covid de fabricantes como Johnson, Novavax ou AstraZeneca têm menor eficácia perante esta variante, detectada, segundo a organização, em cerca de meia centena de países.A directora do Programa de Imunizações da OMS, Kate O'Brien, sublinhou a propósito que o ensaio clínico realizado com a vacina da AstraZeneca durante o período de circulação desta variante decorreu com um número reduzido de pacientes, e não incluiu ninguém gravemente infectado com covid-19."Isto é importante, porque o que estamos a ver é que todas as vacinas tendem a ser mais eficazes em pessoas com quadros severos", sublinhou a epidemiologista.As especialistas frisaram que, apesar das diferenças da variante face a outras estirpes, a África do Sul demonstrou que com as medidas de saúde pública adequadas pode ser controlada.A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 2.430.693 mortos no mundo, resultantes de mais de 109,8 milhões de casos de infecção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP. (RM/NMinuto)
Bem-vindo ao nosso Centro de Subscrição de Newsletters Informativos. Subscreva no formulário abaixo para receber as últimas notícias e actualizações da Rádio Moçambique.