O Conselho de Segurança da ONU vai reunir-se ainda esta sexta-feira de urgência, a pedido do Reino Unido, para discutir as consequências dos bombardeamentos russos contra a maior central nuclear da Ucrânia.
A sessão pública, também apoiada pelos Estados Unidos, França, Noruega, Irlanda e Albânia, foi convocada a pedido do primeiro-ministro britânico, Boris Johnson.
No início da manhã desta sexta-feira, não havia ainda qualquer indicação sobre se haverá uma resolução para aprovação no final da reunião.
A Rússia, como membro permanente do órgão, tem direito de veto em todas as decisões do Conselho de Segurança que não digam respeito a procedimentos.
Nas últimas horas, o Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, pediu à Rússia para que cesse as actividades militares na área da central nuclear de Zaporizhzhia.
Localizada no sul da Ucrânia, Zaporizhzhia, a maior central nuclear da Europa, foi atingida na noite de quinta-feira para hoje por ataques de artilharia russa e prédios anexos foram afectados por um incêndio.
Hoje de manhã, o exército russo ocupou a central e as autoridades ucranianas disseram que o incêndio, que deflagrou num laboratório, foi extinto, não havendo sinais de fugas de radioactividade.
A Rússia lançou na madrugada de 24 de Fevereiro uma ofensiva militar com três frentes na Ucrânia, com forças terrestres e bombardeamentos em várias cidades.
O Presidente russo, Vladimir Putin, justificou a "operação militar especial" na Ucrânia com a necessidade de desmilitarizar o país vizinho, afirmando ser a única maneira de a Rússia se defender e garantindo que a ofensiva durará o tempo necessário.
O ataque foi condenado pela generalidade da comunidade internacional, e a União Europeia e os Estados Unidos, entre outros, responderam com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas para isolar ainda mais Moscovo. (RM-NM)
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