O Secretário-Geral da ONU António Guterres, num relatório apresentado ao Conselho de Segurança na sexta-feira, exortou as autoridades sudanesas "a respeitar a liberdade de expressão e de imprensa", num ambiente que considera "cada vez mais hostil aos jornalistas".
"Reitero o meu apelo à libertação imediata e incondicional de todos aqueles que foram detidos e detidos arbitrariamente, e à cessação das detenções de líderes da oposição e activistas políticos. Aqueles que foram acusados devem ter um julgamento justo", acrescentou no ainda não publicado documento trimestral, obtido pela agência noticiosa France-Press (AFP).
"O futuro da transição sudanesa continua incerto", disse Guterres.
"O golpe militar (...) corre o risco de fazer descarrilar realizações importantes nas frentes internacional e económica e de privar o Sudão da tão necessária ajuda e alívio da dívida", disse o chefe da ONU.
"Todas as partes devem fazer um esforço concertado de negociação para resolver eficazmente as questões pendentes de uma forma inclusiva que seja vista como legítima pelo povo sudanês e seus parceiros", frisou
Guterres também denunciou relatórios sobre "a utilização de munições vivas pelas forças de segurança e militares contra manifestantes pacíficos, resultando em mortes e feridos. "Isto é inaceitável", disse o Secretário-Geral, instando as autoridades sudanesas a cumprirem as suas obrigações "ao abrigo do direito internacional dos direitos humanos e a respeitarem os direitos à vida, à liberdade de expressão e à reunião pacífica". (RM /NMinuto)
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