O porta-voz da Renamo disse, esta quarta-feira, que o partido vai apostar no actual presidente para as presidenciais do próximo ano, apesar das críticas de segmentos que exigem a sua renúncia, acusando-o de inércia.
"Ossufo Momade é o nosso candidato e o presidente que está a trazer sucessos ao partido ", declarou José Manteigas, porta-voz da Renamo, durante uma conferência de imprensa em Maputo.
A liderança da Renamo tem sido, nos últimos meses, criticada externa e internamente, com o antigo líder do braço armado do partido a acusar Ossufo Momade de inércia, face a alegadas irregularidades nas eleições autárquicas moçambicanas a favor do partido no poder e de negligência face à situação dos guerrilheiros do partido recentemente desmobilizados.
Para o porta-voz do partido, a liderança de Ossufo Momade trouxe resultados, apontando, a título de exemplo, as eleições autárquicas, em que o partido alega ter vencido em vários pontos, incluindo na capital do país.
"É do domínio geral que a Renamo ganhou em muitas autarquias nas eleições autárquicas e esta vitória significa que há uma boa liderança", frisou José Manteigas.
Ossufo Momade assumiu a liderança da Renamo em 2018, após a morte de Afonso Dhlakama, líder histórico e fundador do partido que morreu em Maio daquele, ano vítima de doença.
As eleições gerais, incluindo as sétimas presidenciais, estão marcadas para 09 de Outubro, com um custo de cerca de 6.500 milhões de meticais, conforme dotação inscrita pelo Governo na proposta do Orçamento do Estado para 2024.
Além de apontar Ossufo Momade como candidato da Renamo, o porta-voz do principal partido de oposição em Moçambique criticou a proclamação, pelo Conselho Constitucional, na sexta-feira, da Frelimo, partido no poder, como vencedora da repetição das eleições em quatro municípios do país, somando assim a vitória em 60 das 65 autarquias do país nas sextas autárquicas.
A repetição da votação de 11 de Outubro decorreu no dia 10 de Dezembro em 18 mesas de Nacala-Porto (província de Nampula), três de Milange e 13 de Gurúè (Zambézia) e na totalidade das 41 mesas de Marromeu (Sofala), quatro municípios em que o processo eleitoral não foi validado pelo CC, devido a irregularidades. (RM)
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