O Parlamento Europeu exortou hoje a União Europeia (UE) e a Comunidade Internacional a elaborarem um "plano de acção eficaz" para dar resposta à crise humanitária no norte de Moçambique, que "tem vindo a deteriorar-se a um ritmo alarmante".
Numa resolução hoje aprovada em Bruxelas, com 616 votos a favor, 13 contra e 57 abstenções, o Parlamento Europeu (PE) manifesta a sua profunda preocupação com a situação de emergência humanitária em Moçambique e lamenta que, "apesar da brutalidade e da perda terrível de vidas", a situação em Cabo Delgado não tenha atraído "a atenção internacional, o que significa que se perdeu tempo precioso para resolver o problema mais cedo".
Os eurodeputados apelam por isso a um esforço regional e internacional mais coordenado para dar resposta à crise humanitária e de segurança em Cabo Delgado, exortando a UE e os Estados-membros a trabalharem em estreita colaboração com a Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC) para resolver o agravamento da crise humanitária na região e elaborarem um "plano de acção eficaz".
"A UE está pronta para encetar o diálogo com Moçambique para encontrar opções eficazes para a implementação da assistência da UE, tendo em conta o carácter complexo e regional da situação", afirma a assembleia, solicitando ao Governo moçambicano que seja "mais receptivo" a este diálogo e a esta cooperação com a UE e com a SADC.
O PE defende que devem ser tomadas "novas iniciativas diplomáticas, em particular dos Estados-membros que partilham relações históricas e de amizade com o país", a fim de sublinhar a necessidade de uma acção urgente relativamente a esta questão e de chamar a atenção do governo para as consequências geopolíticas que resultarão da falta de resposta coordenada a nível regional e internacional. (RM NMinuto)
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