De acordo com a comissão parlamentar de saúde do Malawi, a aprovação da lei de aborto vai reduzir a morte de mulheres devido a abortos inseguros que são feitos de forma clandestina.
O presidente desta comissão parlamentar, Matthews Ngwale, explicou que o Malawi continua com altas taxas de mortalidade materno-infantil, comparativamente aos países da região, uma situação que urge reverter.
Dados ilustrativos indicam que em cada 100.000 mulheres, 439 morrem anualmente devido a complicações de gravidez.
“Não podemos continuar a assistir mulheres a morrerem devido ao aborto inseguro-disse Mattews Ngwale presidente da comissão parlamentar de saúde do Malawi, para quem a legalização vai reduzir as mortes que ocorrem com frequência.
Entretanto, o projecto de lei que regula o aborto está a ser duramente criticado pelas lideranças religiosas.
A Conferência Episcopal, a Associação Evangélica e o Conselho Cristão todos do Malawi, vincaram que qualquer vida, incluindo de um nascituro, é sagrada.
O secretário-geral da conferência episcopal do Malawi, o Padre Henery Saindi, disse em entrevista que a igreja católica mantém a sua posição de que um aborto provocado é pecado perante Deus.
O projecto de lei de aborto no Malawi, depositado na Assembleia da República em 2016, volta a ser debatido 4 anos depois apesar de não reunir consenso no seio dos vários extractos da sociedade.( RM Blantyre)
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