Pelo menos 11 mortos em explosão num comício do M23 no leste da RD Congo

Publicado: 28/02/2025, 8:49
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Pelo menos 11 pessoas morreram e 65 ficaram feridas, esta quinta-feira, após explosões terem atingido um comício organizado pelo Movimento 23 de Março no leste da República Democrática do Congo, um acto que o Presidente congolês classificou de terrorismo.

"O ataque causou 11 mortos e as verificações estão a decorrer. O autor do atentado está entre as vítimas", declarou aos jornalistas Corneille Nangaa, líder da Aliança do Rio Congo (AFC), que inclui o Movimento 23 de Março (M23).
"Há 65 feridos, seis dos quais estão gravemente feridos e estão actualmente a ser tratados na sala de operações", acrescentou.

De acordo com o mesmo responsável, "na sequência do infeliz incidente de hoje", são "obrigados a reagir e a afastar as ameaças para longe da província do Kivu Sul", onde aconteceu o ataque.
Os líderes do grupo rebelde M23, incluindo Nangaa, estavam a reunir-se com os residentes quando as explosões ocorreram na parte central de Bukavu, a capital da província.
Vídeos e fotografias partilhados nas redes sociais mostram uma multidão a fugir do comício e corpos ensanguentados no chão.

Para o M23, foram as autoridades congolesas que orquestrarem o ataque, mas o Presidente, Félix Tshisekedi, condenou o "acto de terrorismo abominável", através de uma mensagem na rede social X.
"Estamos a acusar e a condenar vigorosamente o regime criminoso de Kinshasa, que acabou de implementar o seu plano de extermínio das populações civis", afirmou a AFC em comunicado.
Por sua vez, o chefe de Estado declarou que o ataque foi feito "por um exército estrangeiro ilegalmente presente em solo congolês".

Os rebeldes do M23, apoiados pelo Ruanda, conquistaram duas cidades importantes no leste do país em três semanas: Goma e Bukavu.
A região é rica em ouro e coltan, um mineral essencial para a produção de condensadores utilizados na maioria dos produtos electrónicos de consumo, como computadores portáteis e 'smartphones'.
O M23 afirma que está a lutar para proteger os tutsis e os congoleses de origem ruandesa da discriminação e que pretende transformar a RDCongo num Estado moderno.(RM/NMinuto)

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