Os confrontos deste sábado entre o Exército sudanês e paramilitares causou a morte de 56 civis, segundo um novo balanço divulgado pelo Sindicato dos Médicos do Sudão.
O anterior balanço apontava para 26 mortos e 103 feridos. A mesma fonte adiantou que há a registar dezenas de mortes entre as forças de segurança.
As mortes ocorreram por todo o país, incluindo na capital, Cartum, e Omdurman, disse o Sindicato dos Médicos do Sudão.
A violência surge após meses de tensões crescentes entre as forças armadas e as paramilitares Forças de Apoio Rápido (RSF, na sigla em inglês), que foram antecedidas de anos de agitação política, desde o golpe militar de Outubro de 2021 naquele país de África.
Os acontecimentos conduzem ao receio de um conflito mais vasto, uma vez que os combates continuaram até à noite.
Os combates entre o Exército do Sudão e a poderosa força paramilitar dão um novo golpe na esperança de uma transição para a democracia.
Os confrontos sucederam a meses de tensões acrescidas entre as Forças Armadas do Sudão e as RSF, que já tinham atrasado um acordo com os partidos políticos para que o país voltasse à curta transição para a democracia, que descarrilou com um golpe militar em Outubro de 2021.
Os combates eclodiram no início do dia. Testemunhas disseram que ambos os lados dispararam de veículos blindados e de metralhadoras montadas em camiões em áreas densamente povoadas. Alguns tanques foram vistos em Cartum.
Os militares disseram ter lançado ataques a partir de aviões e drones em posições das RSF dentro e em redor da capital.
Ao cair da noite, os residentes disseram que ainda ouviam os sons de tiros e explosões em diferentes partes de Cartum, incluindo ao redor do quartel-general dos militares e de outras bases.
Um dos pontos de fortes dos confrontos foi o Aeroporto Internacional de Cartum. Não houve qualquer anúncio formal de que o aeroporto estava fechado, mas as principais companhias aéreas suspenderam os voos. (RM /NMinuto)
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