O Primeiro-Ministro afirmou que um dos maiores desafios da sua governação é tornar Cabo Verde menos exposto a choques externos e erradicar a pobreza extrema, reduzir a pobreza absoluta, com impacto na vida das pessoas.
Segundo a Inforpress, Ulisses Correia e Silva falava aos jornalistas no balanço dos três anos do VIII Governo Constitucional, numa entrevista colectiva que aconteceu na cidade do Mindelo.
Segundo o chefe do Governo, o desemprego teve um impacto “muito forte” em 2020 e 2021, em termos de queda, por causa da pandemia, mas Cabo Verde conseguiu recuperar e fechou 2023 com cerca de 10 por cento (%).
Também lembrou que a pobreza aumentou durante esse mesmo período da pandemia, mas o País conseguiu colocar um nível de pobreza extremo à volta dos 7 % e com a meta de chegar à redução até em 2026.
“Um dos desafios é tornar Cabo Verde menos exposto a choques externos”, reforçou, evidenciando que haverá sempre essa exposição, mas que ser mais resiliente pressupõe, em termos de economia, sustentou, a diversificação.
“Diversificar-nos mais. Essa exposição ao turismo, apesar de ser um grande sector de desenvolvimento, de crescimento e de criação de emprego, por si só, não é suficiente, por isso temos que ter outros sectores a se desenvolverem”, indicou a mesma fonte.
Ulisses Correia e Silva mostrou-se ciente de que também vai atingir o “grande objectivo de erradicar a pobreza extrema, reduzir a pobreza absoluta, com impacto directamente a vida das pessoas” e nas condições de Cabo Verde.
Sobre “aspectos positivos” da governação, o chefe do Governo destacou que Cabo Verde, “com os seus problemas e as suas vulnerabilidades”, conseguiu dar “respostas assertivas” a nível da protecção da saúde, das vacinas, de toda a protecção que foi feita durante o período da pandemia da covid-19, com as máscaras e com o distanciamento social.
“Isso resultou em números de mortes muito inferiores àquilo que estava previsto, número de infecções também muito inferiores e Cabo Verde saiu-se bem, quando comparado com vários outros países do mundo”, afirmou, lembrando que salvar vidas, proteger emprego e rendimentos, foram as grandes prioridades.
Apesar de considerar a contracção económica como o “primeiro grande impacto negativo” da pandemia, o chefe do Governo enalteceu o facto de Cabo Verde ter conseguido alcançar o crescimento.
“Nós conseguimos recuperar a economia, dos tais 20,8% de contracção em 2020, crescemos cerca de 7 %, em 2021, 17,7 %, em 2022 e, em dois anos, recuperamos mais do que recuperávamos. O turismo teve uma quebra substancial e fechamos o ano de 2023 com cerca de um milhão de turistas, um grande recorde”, destacou considerando a inflação derivada da guerra da Ucrânia como o “segundo grande impacto”.
Por isso, para o primeiro-ministro, o balanço da governação é “positivo dentro do contexto que se atravessou nos últimos três anos”.
Sobre a escolha de São Vicente, para fazer o balanço dos três anos do VIII Governo Constitucional, Ulisses Correia e Silva justificou que “São Vicente também é Cabo Verde” e não se pode “concentrar tudo na Praia”. (RM-Angop)
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