Porta-voz de Mariano Nhongo adere ao processo DDR, em Inhambane

O porta-voz do Mariano Nhongue, abrangido pelo processo de Desmilitarização, Desarmamento e Reintegração, DDR, é recebido com aplausos e cânticos, no distrito de Panda, sua terra natal, onde pretende desenvolver um projecto agro-pecuário.

Leonardo Alexandre Munguambe tem meta traçada, depois de alguns anos aliado ao movimento de desestabilização, quer trabalhar a terra e criar gado bovino na região de Mawaela.

A administradora do distrito de Panda, Laurina Titosse, disse o governo dará o apoio necessário.

Estava a chuviscar, diversas panelas a ferver ao lado da obra de construção de uma alvenaria de três quartos e uma sala, familiares, amigos e vizinhos, dançando receberam o seu filho de volta da Renamo.

Mais satisfeita era a mãe, Amélia Jeremias Neves, de 71 anos de idade, que durante longos anos cuidava dos filhos daquele homem que desempenhava as funções de logístico na base da Renamo em Ribye, distrito de Mabote, província de Inhambane.

Os quatro filhos, três meninas e um rapaz, não tinham certeza de voltar a partilhar à vida com o pai.

Na Renamo, aquele homem é conhecido por João Machava, nome atribuído pelo perecido líder daquela formação política, Afonso Dhlakama.

Para aquele ex-guerrilheiro da Renamo, Mariano Nhongo devia aderir ao projecto DDR.

Carne de porco, peixe e franco, são alguns dos pratos servidos no almoço de recepção daquele beneficiário de DDR.

Foi também servido um chá com castanha de caju e, não faltaram maçarocas e amendoim, produtos da época, além de mafura branca, que a região é potencial.

Os chuviscos não quebraram o ritmo de satisfação dos familiares e amigos que, obedecendo as orientações de prevenção contra a covid-19, receberam João Machava, ex-guerreiro da Renamo, que já abandonou as matas para se juntar a outros moçambicanos e contribuir no desenvolvimento socioeconómico do país. (RM)