PR apela a Polícia para impor cumprimento de medidas

O Presidente da República, Filipe Nyusi, apelou hoje às forças policiais para imporem o cumprimento das medidas de prevenção da covid-19, que entraram em vigor, visando "salvar vidas" face à gravidade da situação.

Advertiu que o governo não vai tolerar situações de afronta que periguem a vida dos moçambicanos.

Falando durante uma formatura da Unidade de Intervenção Rápida (UIR), no quartel-general, em Maputo, Filipe Nyusi frisou que o governo não hesitará em usar os mecanismos legais para incentivar o cumprimento das medidas decretadas no âmbito da prevenção e mitigação do impacto da covid-19.

No âmbito da situação de calamidade pública, Filipe Nyusi recordou que as medidas que entram em vigor, esta sexta-feira, são de cumprimento obrigatório.

O Chefe do Estado disse esperar que a população colabore e que haja pronta intervenção do pessoal da Saúde e das Forças de Defesa e Segurança:
“ Contamos com a vossa colaboração, a colaboração de todos com a pronta intervenção do pessoal da saúde, Instituto Nacional de Actividades Económicas (INAE), a Polícia da República de Moçambique (PRM), com o apoio incondicional também, integral e rigoroso do decreto do Conselho de Ministros. Não hesitaremos em usar os mecanismos legais para incentivar o cumprimento das medidas que optamos, com o mais nobre propósito de salvar vidas”, disse.
Nyusi disse ainda que a missão de salvamento de vidas por parte da polícia deve ser cumprida sem excessos e em estreita colaboração com a população moçambicana.
“São mais uma vez chamados para um teatro. Salvar vidas dos moçambicanos. Ontem falei para o país e disse o que está a acontecer em Moçambique. Muito cedo nos antecipamos quando muito pouco nos compreendiam e a ideia não era exactamente para sermos compreendidos ou para sermos saudados; era mesmo para cumprir a nossa missão como governantes e com o vosso apoio logo no início da batalha de salvação da vida dos moçambicanos. A Polícia mais uma vez cumpriu o seu papel, foram baptizados com estas poucas viaturas, que a pessoas tinham medo de Mahindra porque vocês estavam a desempenhar o vosso papel. Não viemos aqui para dizer que vão bater moçambicanos, nem viemos aqui para dizer que vão ameaçar o cidadão, estamos aqui para dizer vão fazer cumprir o decreto”, frisou.
Num outro desenvolvimento, Filipe Nyusi alertou que o não cumprimento das medidas ora decretadas pode tornar o actual cenário da covid-19, no país, numa catástrofe de grandes dimensões.
Esta quinta-feira, o Chefe de Estado anunciou vinte medidas restritivas para conter o avanço da covid-19 no país, com destaque para o recolher obrigatório na zona metropolitana de Maputo, o encerramento dos cultos religiosos, o adiamento do retorno das aulas presenciais e a suspensão do Moçambola . (RM).