O Presidente da República visitou, na tarde desta sexta-feira, as vítimas das manifestações e alguns membros da Polícia da República de Moçambique (PRM) que se encontram internados, em unidades sanitárias, na capital do país.
Filipe Nyusi inteirou-se do estado clínico dos pacientes no Hospital Central de Maputo e na enfermaria do Comando-Geral da PRM.
“A minha grande preocupação imediata foi ir ver os feridos que estiveram envolvidos na manifestação, considerada violenta”, disse Nyusi.
Disse que num contacto estabelecido com os jovens feridos apurou que alguns são vendedores, pedreiros ou desempregados.
“Conversei com eles pois ia lá mais para me solidarizar. Na mesma enfermaria de Ortopedia encontrei também um membro da polícia. Ele sofreu muito com alguma gravidade no pé. Fez a primeira cirurgia de resolução e depois vai fazer a segunda de destabilização”, acrescentou.
Nyusi insistiu que se deslocou ao hospital para manifestar a sua solidariedade com os jovens feridos e não para fazer um julgamento porque esse é um papel que cabe as autoridades.
Aos manifestantes, o Chefe do Estado mostrou-se solidário, tendo apelado para não perderem esperança devido aos últimos acontecimentos.
Três óbitos e 66 feridos é o número de vítimas reportado pelos Serviços de Urgência do HCM, das referidas manifestações organizadas pelo partido Povo Optimista pelo Desenvolvimento de Moçambique (PODEMOS), que apoia Venâncio Mondlane.
O Presidente da República visitou, igualmente, esta sexta-feira, um dos complexos comerciais da capital do país, alvo de vandalização e saque de produtos e bens diversos.
“É aqui onde a mensagem da violência se reflecte”, disse Nyusi, explicando que mesmo que alguém queira distorcer os acontecimentos as imagens falam por si.
Advertiu que existe um risco latente de as pessoas que vandalizam as lojas para se apossarem de produtos diversos voltarem para tentar pilhar mais uma vez.
“Depois de acabarem os produtos que conseguiram vender ou aquilo que consomem vão voltar para pilhar novamente”, afirmou.
Nyusi disse estar a par da impaciência dos cidadãos para que a vida retome à normalidade. (RM/AIM)
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