O Presidente da República, Filipe Nyusi, faz um balanço positivo da Conferência Internacional sobre o Maneio da Floresta de Miombo, realizada nos dias 16 e 17 de Abril, em Washington, DC, ao se produzir uma Carta de Intenções e de forma consensual.
A referida Carta apresenta como algumas questões patentes o princípio de financiamento permanente e a gestão das áreas existentes da floresta do Miombo, pois este documento convoca que os países signatários da Declaração de Maputo sobre a Floresta do Miombo e todos os actores-chave devem proteger as áreas existentes e dar espaço para a criação de novas.
O dispositivo adoptado destaca igualmente a importância de se financiar projectos nas zonas de protecção, focando-se particularmente nas pequenas e médias empresas orientadas para negócios de biodiversidade.
“A conferência foi de plena abertura, participaram todos os países, a Carta foi produzida de forma consensual e houve um apoio incondicional de todos os intervenientes: o Governo americano, os congressistas, os parlamentares, os académicos, pesquisadores e os nossos parceiros não-governamentais”, disse o Presidente da República em conferência de imprensa realizada hoje e que marcou o fim da sua visita de trabalho à Washington.
Como tem sido habitual em visitas de trabalho do Presidente Nyusi, nesta visita de trabalho tomou a oportunidade e manteve encontros com o Fundo Monetário Internacional (FMI), Banco Mundial e com a ExxonMobil, para além da reunião de balanço com o Grupo ICCF sobre a conferência, um dos parceiros de Moçambique na organização do evento.
Com estes actores o Presidente Nyusi abordou sobre a situação da segurança em Moçambique como condição fundamental para o desenvolvimento da economia e partilhou aspectos relacionados ao movimento político no país.
“Não precisamos muito de elaborar sobre os indicadores da economia, porque eles sabem”, disse. É sobre esta questão a Directora-Geral do FMI, Kristalina Georgieva, em declarações à imprensa no fim do encontro com o estadista, deixou transparecer que de facto está a partir da situação macroeconómica de Moçambique e elogiou o Presidente da República por liderar o seu Governo para o alcance destes resultados.
A dirigente do FMI mostrou estar atenta a todos os desenvolvimentos, tendo citado como alguns exemplos a inflação baixa, reservas fortes, um crescimento económico em alta e uma posição fiscal fortalecida.
Na visão do FMI, este cenário macroeconómico é o resultado da construção de instituições fortes e da implementação de boas políticas.
Nas conversações com a ExxonMobil, esta multinacional petrolífera mostrou-se estar com vontade de retomar os projectos na bacia do Rovuma, e avançou estarem numa fase de mobilizar os financiamentos, esperando que a qualquer momento possam retomar.
“Nós fazemos um balanço extremamente positivo do trabalho que fizemos. Estamos a criar bases e Miombo já entrou no mapa geográfico. Foi um tempo de trabalho bastante produtivo”, sublinhou o Chefe de Estado, reiterando, a seguir, o apelo a todos para que continuem a proteger a natureza.
A conferência sobre a floresta do Miombo decorreu sob o lema “Miombo: florestas do Grande Zambeze em prol da sustentabilidade”. (RM)
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