O Presidente da Nigéria, Muhammadu Buhari, comprometeu-se hoje a proteger "todos os grupos religiosos e étnicos", no seguimento da violência que eclodiu na sexta-feira, num mercado em Ibadan, no sudoeste do país.
O chefe do país mais populoso da África subsaariana "condenou a violência e assegurou que o seu governo vai agir para impedir a propagação dos confrontos" entre as comunidades hausa, o grupo étnico maioritário no norte do país, e yoruba, o principal grupo étnico no sudoeste, noticia hoje a agência francesa de notícias, a France-Presse, citando vários órgãos de comunicação social nigerianos.
De acordo com a imprensa local, pelo menos seis pessoas morreram nos confrontos, um número que não é ainda confirmado pelas autoridades locais oficiais.
"Posso confirmar que pelo menos uma pessoa foi morta e os danos são estimados em milhões de nairas", disse uma fonte de segurança local à AFP, pedindo para permanecer anónima, acrescentando que "a situação em Shasha está agora calma".
Antes da mensagem de Buhari ao país, no domingo ao final do dia, o vice-presidente, Yemi Osinbajo, já tinha condenado a "trágica perda de vidas nos últimos dias no mercado de Shasha" e tentou minimizar a origem dos confrontos.
"Quando um ato criminoso é cometido deve ser visto como tal, e não como um conflito étnico", disse o governante.
A violência com motivações étnicas tem aumentado nos últimos tempos no país, havendo uma subida, no sul, do discurso de ódio contra as pessoas do norte.
Vários campos de pastores fula, do norte, foram recentemente atacados nas regiões do sudoeste dominadas pelo grupo étnico yoruba e nas regiões do sudeste, predominantemente igbo.
A descida da precipitação média e o aumento das secas no norte do país têm empurrado os pastores da etnia fula a descerem para sul, à procura de melhores terras, o que acabou por motivar o aumento da competição pelos pastos e, com isso, das divergências de cariz étnico. (RM-NM)
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