O Presidente Cyril Ramaphosa apresenta, esta quinta-feira, o informe sobre o Estado da Nação, em meio a ameaças de sabotagem por parte da oposição parlamentar.
Será a sétima vez que Ramaphosa apresenta o estado da nação. Porém, este ano esta apresentação é assombrada pelo caso “Phala Phala”, sobretudo depois de o Parlamento ter chumbado o relatório da Comissão independente, por si criada, para investigar o roubo de dinheiro na fazenda presidencial.
O rosto das ameaças de boicote é o Partido dos Combatentes da Liberdade Económica, de Julius Malema, que defende que Ramaphosa não tem credibilidade para apresentar o Estado da Nação devido ao envolvimento dele, no caso “Phala Phala”.
Julius Malema veio a público dizer que o partido EFF vai boicotar o discurso de Cyril Ramaphosa.
Várias organizações da sociedade civil também já disseram que se vão manifestar do lado de fora do edifício do município da Cidade do Cabo, palco do discurso presidencial.
A direcção do Parlamento diz que tem tudo alinhavado para a cerimónia de hoje á noite e acrescenta que não será tolerado nenhum acto de sabotagem. Diz ainda que vai agir de maneira adequada e justa contra quem ousar provocar distúrbios durante o discurso de Cyril Ramaphosa.
Os sul-africanos estão ansiosos de saber o que dirá o presidente sobre a crise de energia e a criminalidade, duas das principais dores de cabeça do governo de Ramaphosa.
A economia e o desempego também devem merecer a atenção de Ramaphosa, numa altura em que se sabe que a crise energética está a afectar a economia sul-africana. Alias, o ano passado, os “ apagões” tiveram prejuízos diários na ordem de um bilião de rands, cerca de quatro biliões de meticais.
Alguns analistas esperam que o Presidente aborde, ainda que ao de leve, a possibilidade de mexer a equipa governamental. As possíveis mudanças são consequência dos resultados do último congresso do ANC, onde alguns membros, a exemplo do vice-presidente David Mabuza, perderam apoio politico.
Uma das indignações dos sul-africanos tem a ver com os custos da cerimónia de mais logo: O Parlamento diz ter reservado oito milhões de rands e que espera usar pelo menos cinco milhões (RM Pretória)
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