O presidente sul-africano, Cyril Ramaphosa, avisa que todos os que ameaçam desencadear actos de violência, durante o processo eleitoral, vão ser presos.
É a reação de Ramaphosa após relatos de que apoiantes do novo partido Umkhoto We Sizwe ameaçam enveredar pela violência caso esta formação seja excluída das eleições de próximo dia 29 de Maio.
Em causa está uma disputa judicial em torno do uso da marca e símbolo do Umkhoto We Sizwe.
O ANC levou o caso ao tribunal por considerar que o Umkhoto We Sizwe é uma sua marca, que simboliza o seu braço armado, criado por Nelson Mandela e Walter Sisulu, duante a luta anti-apartheid.
Já o partido Umkhoto We Sizwe foi fundado em Dezembro do ano passado por Jabulani Khumalo e conta com o apoio do antigo Presidente do ANC, Jacob Zuma.
Perante a possibilidade de o Umkhoto We Sizwe ser excluído do processo eleitoral, dependendo da decisão judicial, elementos do partido ameaçam desencadear actos de violência e impedir a votação.
“Temos ouvido isso e quero deixar claro que qualquer pessoa que esteja a intentar qualquer forma de agitação que será seguida e presa. Essas pessoas são inimigas da democracia. Se alguém estiver insatisfeito com alguma decisão, seja uma decisão do governo, seja uma decisão do presidente ou uma decisão de ministros e até mesmo decisões de tribunais, existem formas de dar seguimento a essas reclamações. Portanto, se alguém disser que se as suas queixas não forem atendidas, haverá violência eu prometo que essas pessoas serão seguidas e presas”, disse o presidente Cyril Ramaphosa falando a jornalistas na província de Mpumalanga.
Esta sexta-feira termina o prazo de submissão de candidaturas para as eleições de Maio próximo.
Partidos políticos recém criados exigem a extensão do prazo, por forma a assegurar o número de assinaturas exigidas. Alguns recorreram aos tribunais. A Comissão Eleitoral Independente já deu sinais que não vai ceder e quer cumprir rigorosamente o calendário. ( RM Pretória)
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