O Presidente sul-africano, Cyril Ramaphosa, declarou o Estado Nacional de Desastre devido á crise do sector energético. O estado de desastre já está em vigor.
A declaração foi feita, na noite desta quinta-feira, na cidade do Cabo, na apresentação do Estado da Nação.
Ramaphosa esclareceu que o Estado de Desastre não vai abranger infra-estruturas críticas, como são os casos de hospitais e estações de tratamento de água.
O Presidente anunciou que, nos próximos dias, vai nomear um Ministro da Electricidade, baseado na Presidência, para lidar, de forma eficaz e urgente, com os desafios de energia que o país enfrenta.
De acordo com Ramaphosa, o novo Ministro vai supervisionar todos os aspectos da resposta á crise de energia e o trabalho do Comité Nacional de Crise de Energia, criado o ano passado.
Acrescentou que o futuro Ministro de Electricidade vai se concentrar, a tempo inteiro, no trabalho com o Conselho de Administração da Pública ESKOM para acabar com os “apagões”e garantir a implementação do Plano de Acção de Energia.
Sobre as causas da crise de energia, Ramaphosa apontou, entre outros, a frota envelhecida de usinas de electricidade movidas a carvão, muitas delas construídas no tempo do Apartheid. Acrescentou que a África do Sul não conseguiu construir novas usinas para atender a demanda. Disse ainda que a ESKOM tem sido vítima de corrupção e criminalidade.
A Aliança Democrática, maior partido na oposição, diz que vai contestar a declaração do estado nacional de desastre nos tribunais. Diz que á semelhança do tempo da Covid-19, a nova declaração visa o saque de recursos financeiros do estado, por parte do ANC, sem a supervisão parlamentar.
O discurso do Presidente Ramaphosa abordou ainda questões como mudanças climáticas, violência baseada no género, construção de infra-estruturas, corrupção, desemprego sobretudo de jovens e o elevado custo de vida.
O arranque do discurso do estado da nação teve um atraso de quarenta e cinco minutos, tendo culminado com a retirada, da sala de sessões, de deputados do Partido dos Combatentes da Liberdade Económica e do líder do Movimento Africano de Transformação.
A presidente do Parlamento entendeu que eles estavam a sabotar o discurso presidencial (RM Pretória)
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