22 de Novembro de 2024
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O ANC anunciou, em comunicado, que o Presidente Cyril Ramaphosa vai divulgar, nos próximos dias, a composição do futuro Governo de Unidade Nacional da África do Sul.
Ao que a Rádio Moçambique apurou, Ramaphosa pretendia anunciar o novo governo este domingo.
No entanto, exigências, aparentemente incomportáveis, apresentadas pela Aliança Democrática forçaram o adiamento da divulgação do novo executivo.
Este domingo terá sido realizado um derradeiro esforço para aproximar as posições extremadas do ANC e da Aliança Democrática, em torno da distribuição de cargos.
A imprensa sul-africana avança que a Aliança Democrática exige que dez dos seus deputados sejam nomeados para pastas estratégicas do sector económico e que o líder John Steenhuisen seja indicado para a vice-presidência do Governo de Unidade Nacional.
O segundo maior partido mais votado na África do Sul quer dirigir os Ministérios da Comunicação e Tecnologia Digital; Comércio e Indústria; Serviço Público e Administração; Governo Local; Água e Saneamento e Saúde.
Também reivindica os postos de vice-Ministro das Finança e Saúde.
Aparentemente, o ANC estará disposto a oferecer apenas três pastas ministeriais à Aliança Democrática.
É aqui onde reside o desentendimento entre os dois partidos, que são os pilares do futuro Governo de Unidade Nacional.
Por outro lado, o ANC anunciou que terminou sábado a primeira fase de integração dos partidos políticos interessados em integrar o futuro governo.
Nesse sábado, o Al Jama ah tornou-se no décimo partido a assinar a declaração de intenções juntando-se ao ANC, Aliança Democrática, Inkata, Aliança Patriótica, Congresso Pan Africano, Good, Movimento Democrático Unido, Rise Mzansi e Frente da Liberdade.
Os dez partidos perfazem setenta por cento dos 400 assentos do Parlamento sul-africano.
Depois do sábado, qualquer outro partido que deseje integrar o Governo de Unidade Nacional deverá esperar por deliberação das dez formações politicas que já lá estão.
Resta saber agora como será feita a divisão dos cargos no futuro executivo, partindo do principio que são dez partidos, obviamente com pesos diferentes, que manifestaram interesse em integrá-lo. (RM Johannesburg)
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