O presidente russo, Vladimir Putin, multiplicou este sábado as promessas de ajuda financeira para melhorar a vida dos cidadãos antes das eleições legislativas de setembro, precedidas por uma forte repressão contra a oposição e o movimento de Alexei Navalny.
Putin falou durante quase uma hora para várias centenas de altos funcionários reunidos em Moscovo no congresso do seu partido Rússia Unida.
"O programa do partido do líder deve ser o programa do povo", afirmou Vladimir Putin, numa altura em que o Rússia Unida tem descido na popularidade devido à estagnação económica do país, à fadiga eleitoral e à denúncia de vários casos de corrupção.
Num discurso intercalado com aplausos, o Presidente russo prometeu investir dezenas de milhares de milhões de rublos na melhoria dos transportes públicos, estradas e infraestruturas, reforma de escolas e limpeza de rios.
"Uma família próspera e forte, com filhos, é o futuro da Rússia", declarou o chefe de Estado, mantendo-se fiel à defesa dos "valores familiares" e ao seu objetivo de lutar contra o declínio demográfico da Rússia.
Apesar da queda constante das intenções de voto no partido no poder, Putin mostrou-se confiante na vitória nas eleições a realizar entre 17 e 19 de setembro, para eleger também 12 titulares de entidades federadas e 39 parlamentos regionais.
"Estou convencido de que o Rússia Unida estabelecerá o mais alto padrão para reafirmar sua liderança, obter a vitória nas eleições", disse Putin, defendendo umas eleições "justas" e de acordo com a lei.
Enquanto isso, a oposição de Alexei Navalny será vetada nas eleições, depois de o seu movimento político e de duas fundações por si criadas terem sido declaradas "extremistas" pela Justiça russa.
Enquanto a Rússia enfrenta o ressurgimento de muitos casos de covid-19, impulsionados pela variante Delta e uma laboriosa campanha de vacinação, Putin também falou do lançamento de um programa de pelo menos 100 mil milhões de rublos (1,1 mil milhões de euros) para fortalecer "a sistema de convalescença" da doença.
"Repito: é melhor ser vacinado do que ficar doente", afirmou Putin, perante o ceticismo de muitos russos em relação às vacinas.
Moscovo registou hoje um novo recorde de casos de contágio pelo novo coronavírus e pelo segundo dia consecutivo, com 9.120 infeções em 24 horas, segundo dados oficiais. (RM-NM)
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