A Coreia do Norte rejeitou hoje uma declaração conjunta dos ministros dos Negócios Estrangeiros do Grupo dos sete países mais industrializados do mundo (G7), que condena o programa nuclear de Pyongyang, e defendeu o desmantelamento deste fórum intergovernamental.
Os responsáveis pela diplomacia de Canadá, França, Alemanha, Itália, Japão, Reino Unido, Estados Unidos e União Europeia reiteraram o apelo à "completa desnuclearização da península coreana", de acordo com uma declaração emitida na semana passada.
Os responsáveis exigiram que Pyongyang renuncie às armas nucleares e condenaram as recentes transferências de armas do país para a Rússia, apelando aos dois lados para que "cessem imediatamente todas essas actividades".
Um responsável do Ministério dos Negócios Estrangeiros norte-coreano, Jo Chol-su, rejeitou "de forma resoluta" e condenou "muito veementemente" a declaração do G7.
No ano passado, a Coreia do Norte qualificou o estatuto de potência nuclear do país de irreversível e afirmou repetidamente que não vai abandonar o programa nuclear, que o regime considera essencial para a sobrevivência do país.
Os países membros do G7, em particular os Estados Unidos, têm "um historial vergonhoso, causando danos consideráveis à paz e à segurança internacionais", sublinhou o alto funcionário norte-coreano, argumentando que a existência do grupo já não se justifica.
O "G7, uma relíquia da Guerra Fria, deve ser desmantelado imediatamente", afirmou Jo Chol-su, citado pela agência de notícias oficial norte-coreana KCNA.
O responsável acusou o grupo de ser um "estrangulador da paz, um maníaco da confrontação e um mercador da guerra nuclear".
A Rússia e a Coreia do Norte, aliados históricos, estão ambas sujeitas a sanções internacionais: a primeira pela invasão da Ucrânia e a segunda pelos programas de armas nucleares e mísseis.
A crescente cooperação militar entre Moscovo e Pyongyang é uma fonte de preocupação para a Ucrânia e os aliados, sobretudo depois de o líder norte-coreano, Kim Jong-un, se ter encontrado, em Setembro, com o Presidente russo, Vladimir Putin.
Na segunda-feira, os chefes da defesa dos EUA e da Coreia do Sul reviram, pela primeira vez numa década, um acordo estratégico de dissuasão militar para combater Pyongyang, numa altura em que os dois aliados intensificam a cooperação em matéria de defesa, em resposta às crescentes ameaças nucleares vindas do Norte. (RM-NM)
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