Ramaphosa reitera que sul-africanos devem encontrar soluções para os seus problemas

O presidente Cyril Ramaphosa reitera que os sul-africanos devem saber discutir e encontrar soluções para os seus próprios problemas, sem recorrer ao estrangeiro.

É a reação do estadista sul-africano após saber que duas organizações não-governamentais sul-africanas estiveram em Washington, para contactos com oficiais da administração de Donald Trump.

Trata-se da Afriforum, que se concentra fundamentalmente nos interesses dos Afrikaners, e da Solidarity, um grupo sindical também com inclinação para o subgrupo da população sul-africana branca.

Basicamente as duas ONG’s defendem que os Estados Unidos devem pressionar o Congresso Nacional Africano (ANC) para mudar as suas políticas, sobretudo a recente Lei de Expropriação de Terras sem Compensação.

O Presidente Cyril Ramaphosa disse que as duas organizações, ao proceder dessa forma, estão a semeiar divisões na África do Sul:

“Ouvi dizer que o Afriforum e a Solidarity se encontraram com representantes do governo norte-americano, fazendo exactamente o que nós sul-africanos dizemos que não devemos fazer. Devemos parar de  correr para outros países, devemos discutir os nossos problemas aqui! E encontrar soluções, o que confirmaria a nossa soberania e confirmaria a nossa posição como nação livre e independente. Uma nação que se pode orgulhar, no seio de outras nações e sermos capazes de dizer que podemos resolver os nossos próprios problemas. Quando temos diferenças encontraremos soluções para qualquer problema que tenhamos. Então diria, fiquemos aqui, vamos resolver nossos problemas aqui, abraçemo-nos uns aos outros e construamos a nossa nação. Não vamos construir a nação indo fazer queixas noutras nações do mundo“,disse,

Na última quarta-feira, Cyril Ramaphosa reiterou que Pretória vai  enviar uma delegação a Washington para resolver uma série de questões e tentar reanimar as relações bi-laterais com os Estados Unidos da América.

Baseado em informações da AFRIFORUM e da Solidariety, o presidente norte-americano, Donald Trump, decidiu cortar a ajuda financeira a África do Sul. (RM Johannesburg)