Regresso do embaixador sul-africano dos EUA

Publicado: 24/03/2025, 11:36
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O antigo Embaixador da África do Sul nos Estados Unidos da América, Ebrahim Rassol, regressou ao país e diz que não se arrepende das críticas que ditaram a sua expulsão de Washington.

Contrariando os apelos do presidente Cyril Ramaphosa, Ebrahim Rassol foi recebido, este domingo, no Aeroporto Internacional da Cidade do Cabo, como um verdadeiro herói.

O comité de recepção incluía representantes do ANC, Partido Comunista e COSATU, ao nível da província do Cabo Ocidental.

Ebrahim Rassol foi considerado persona non grata pelas autoridades americanas, após criticar o movimento Make America Grate Again, a bandeira política de Donald Trump.

Rassol  acusou Trump de  liderar um movimento de supremacia branca, na América e no mundo.

Dirigindo-se aos presentes, no Aeroporto da cidade do Cabo, o diplomata sul-africano disse que a opinião que emitiu era apenas uma análise das condições políticas nos Estados Unidos da América:

Meus comentários foram no seminário do Instituto para a Reflexão Estratégica, e eram dirigidos a intelectuais, líderes políticos e outros para alertá-los sobre a mudança da condição política nos Estados Unidos.  Alertá-los que a velha maneira de fazer negócios com os Estados Unidos  não vai mais funcionar. Então,  não há nada que eu disse lá que não  possa dizer num outro lugar. Eu manteria a minha crítica porque estávamos a analisar um fenómeno político, não uma personalidade, não uma nação e nem mesmo um governo”, disse.

Quando as relações entre Pretoria e Washington se degradaram, em Fevereiro último, Ebrahim Rassol recebeu a missão de se reunir com altas patentes da administração de Donald Trump.

Pretória pretendia que Rassol detalhasse o alcance da Lei de Expropriação de Terras e sobre o posicionamento da África do Sul em torno da guerra na Faixa de Gaza. Rassol diz que bem tentou, mas encontrou resistência.

Ele diz que volta á casa sem ressentimentos:

Não foi nossa escolha regressarmos à casa, mas voltamos para casa sem ressentimentos. Quero dizer que teríamos adorado voltar, termos uma recepção como esta, se pudéssemos relatar  que afastamos as mentiras de um genocídio branco na África do Sul, mas não tivemos sucesso na América, nesse aspecto”, afirmou.

O diplomata sul-africano acrescentou que está a finalizar o relatório detalhado sobre tudo o que aconteceu e que culminou com a sua expulsão de Washington. Esse relatório vai ser entregue ao Presidente Cyril Ramaphosa. (RM Johannesburg)

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