Os restos mortais do jornalista reformado da Rádio Moçambique, Jaime Maússe, falecido, domingo, vítima de doença, vão a enterrar esta quarta-feira, no Cemitério Ka Eugénio às 13 horas e 30 minutos, no bairro Ndlavela, na província de Maputo.
O funeral será antecedido do velório no Sindicado Nacional de Jornalistas (SNJ), às 08 horas e 30 minutos.
Na Rádio Moçambique, Jaime Maússe foi delegado no Emissor provincial do Niassa, chefe de Redacção Central, em Maputo, e nos emissores provinciais de Nampula, Maputo e Gaza.
HOMENAGEM..
Durante muitos anos, esta foi uma das fórmulas usadas pelo jornalista Jaime Maússe para chamar a atenção do vasto auditório da Rádio Moçambique, na sua presença nos jornais.
A cada transmissão, o chefe Maússe não apenas informava, mas inspirava. O seu comprometimento com a verdade e a integridade jornalística era evidente em cada jornal ou noticiário, preparado com esmero, ao mínimo detalhe, apesar das pressões constantes da redacção.
O seu rigor e exigência, quer no preparo das matérias como nas relações humanas, é destacada por muitos profissionais da Rádio Moçambique como um aspectos que o distinguia de muitos, por isso, a sua partida causa dor e consternação, segundo o administrador de Produção da Rádio Moçambique, Arão Cuambe.
No entanto, a grandeza do Chefe Maússe ia além da sua escrita. Era um sábio que dedicava tempo não apenas para ensinar o jornalismo mas para moldar mentes e corações. Dedicava-se à formação daqueles que tinham a sorte de compartilhar o seu espaço na redacção.
Isaura Afonso, jornalista e actualmente chefe de redacção no Emissor provincial da RM em Tete, recorda Jaime Maússe como um conselheiro e pessoa preocupada com o crescimento profissional de todos, à sua volta.
Em serviço, aos domingos, após o noticiário das 7 horas, tornavam-se momentos especiais, onde Maússe transcendia as notícias e oferecia reflexões sobre a sociedade moçambicana.
A sua voz eloquente e firme tornava-se uma luz guia, iluminando caminhos de compreensão e consciência em meio às complexidades do mundo.
Era nos pequenos detalhes do quotidiano que encontrava lições valiosas.
Ensinava a descobrir a notícia em situações banais, a extrair significado do aparentemente comum, como por exemplo, ir ver o movimento dos banhistas na Costa do Sol, no mês de Julho, o pico do Inverno, e da observação, produzir um apontamento de reportagem. Então, mostrava que a notícia está em todos os lugares, aguardando apenas ser descoberta.
A partida do chefe Maússe deixou um vazio profundo, silenciando não apenas uma voz na rádio, mas uma fonte inesgotável de inspiração. O seu legado vive e viverá, não apenas nas notícias que ele apresentava, mas na paixão que ele injectou no jornalismo, na dedicação que incutiu naqueles que tiveram a honra de chamá-lo de mentor.
Adeus, Chefe Maússe.
Adeus Mestre !
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