RSA. 14 garimpeiros ilegais acusados de estupro colectivo de 8 raparigas sul-africanas

Catorze dos mais de oitenta garimpeiros ilegais, detidos em Krugersdorp, são acusados de estupro colectivo de oito raparigas sul-africanas.

Sete dos suspeitos foram acusados formalmente ontem, pelo Tribunal de Krugersdorp. Outros sete serão indiciados na sessão agendada para hoje.

Todos os garimpeiros ilegais detidos são acusados de imigração ilegal. Para o caso dos catorze, foram adicionadas várias acusações de estupro, agressão sexual e roubo.

Entretanto, não foi revelada a identidade dos agora directamente implicados no estupro de oito raparigas sul-africanas, há duas semanas, que participavam nas filmagens de um videoclip.

Por enquanto, sabe-se que do grupo, há pelo menos um que diz ter quinze anos de idade. Este deve voltar hoje ao Tribunal para conhecer o resultado da avaliação técnica da sua idade.

Entretanto, a porta-voz da procuradoria sul-africana, Phindi Mjonondwane, não descarta a possibilidade de haver mais implicados no caso de estupro:

“Mais pessoas poderão ser acusadas e adicionadas ao dossier que consiste em acusações de estupro. Seremos guiados pelo rumo que a investigação tomar”, disse.

Phindi Mjonondwane acrescentou que para permitir o decurso normal das investigações, o caso será retomado somente a vinte e oito de Setembro próximo.

A polícia deteve mais de oitenta garimpeiros ilegais, incluindo sete moçambicanos, logo após a ocorrência da violação sexual das oito raparigas sul- africanas.

Dias depois, as autoridades efectuaram buscas que culminaram com a detenção de mais pessoas, mais de cento e cinquenta, acusadas de garimpo e imigração ilegais.

O caso de estupro provocou a ira de grupos sul-africanos anti-imigrantes. Em várias zonas do oeste de Joanesburgo, grupos de cidadãos sul-africanos destruíram casas e queimaram pertences, supostamente de imigrantes ilegais.

O governo estacionou uma unidade especial da Policia, em Krugersdorp, para fazer a monitoria da situação. (RM)