Os membros do grupo BRICS, liderado por Rússia e China, estão a estudar a adesão de 15 países como parceiros, revelou hoje o conselheiro do Kremlin para os assuntos internacionais, Yuri Ushakov.
"Os líderes [do BRICS] decidirão que grupo de países poderia incluir-se na categoria de Estados parceiros. Atualmente estão a considerar 15", afirmou Ushakov à agência TASS, ao comentar a agenda dos dirigentes do BRICS durante a cimeira a realizar na próxima semana, na cidade russa de Kazán.
O presidente russo Vladimir Putin já tinha afirmado que cerca de 30 países tinham demonstrado interesse em aderir de uma forma ou outra ao BRICS, formado por nove países.
Entre os Estados que manifestaram publicamente interesse em aderir ao grupo estão Cuba, Venezuela, Turquia, Azerbaijão e Malásia.
O Brasil, Rússia, Índia e China criaram, em 2006, o grupo BRICS, ao qual se juntou a África do Sul em 2010, acrescentando ao acrónimo a letra 'S'.
Em 2024 o grupo incluiu quatro novos membros: Egito, Irão, Emirados Árabes Unidos e Etiópia.
A Arábia Saudita está a ponderar a sua participação como membro de pleno direito, uma situação que poderá ficar clarificada durante a reunião em Kazán, que deverá reunir mais de 20 chefes de Estado e de Governo, incluindo os dirigentes dos países membros, sendo que a maioria terá encontros com o chefe do Kremlin.
A próxima cimeira dos BRICS realiza-se entre 22 e 24 de outubro na cidade russa de Kazan.
Durante a cimeira, os líderes dos países membros deverão definir os critérios para que outras nações se juntem ao bloco na categoria especial de parceiros associados.
Durante a reunião, o Brasil assumirá a liderança dos BRICS durante um ano, a partir de 01 de janeiro de 2025.
Brasil, Rússia, Índia e China criaram o grupo BRIC em 2006, para defender uma maior representação dos países emergentes e em desenvolvimento nas organizações internacionais. A adesão da África do Sul em 2010 acrescentou a letra S à sigla. (RM-NM)
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