O Senegal continua hoje sob tensão, um dia após confrontos que fizeram seis mortos, elevando para 15 o número de mortes desde a condenação a dois anos de prisão do opositor Ousmane Sonko, na quinta-feira.
“Registámos no dia 02 de Junho seis mortos, incluindo quatro na região de Dacar e dois na região de Ziguinchor", disse à AFP o porta-voz do ministro do Interior.
Os confrontos opuseram na noite de sexta-feira pequenos grupos de jovens manifestantes e as forças da ordem em Dacar, nos arredores da capital e no sul do país.
O Ministério do Interior ainda não assinalou qualquer incidente que tenha ocorrido hoje, até ao início da tarde.
Mas, durante a manhã havia ainda pneus queimados e pedras nas ruas, onde vários locais foram saqueados, incluindo lojas e bancos.
Várias redes sociais, como Facebook, WhatsApp ou Twitter, estão sem funcionar, uma medida que o governo diz ter sido adoptada para evitar a "difusão de mensagens de ódio e subversivas".
O exército foi destacado para pontos estratégicos e também é visível a presença policial na capital, segundo a AFP.
A violência eclodiu após a condenação a dois anos de prisão do opositor Ousmane Sonko, candidato declarado às presidenciais de 2024, acusado de ter levado à "devassidão" uma jovem com menos de 21 anos, uma sentença que o impede de ser elegível.
Sonko diz desde o início deste caso que se trata de uma conspiração do presidente Macky Sall para o eliminar politicamente e afirma que está "sequestrado" na sua residência pelas forças de segurança, que impedem a aproximação de qualquer pessoa.
Ousmane Sonko pode ser detido "a qualquer momento", afirmou o ministro da Justiça Ismaïla Madior Fall. (RM /NMinuto)
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