Sete pessoas morreram e pelo menos 44 ficaram feridas em combates contra as forças russas em Kharkiv, no leste da Ucrânia, segundo as autoridades ucranianas, que estimam mais baixas entre civis enquanto os bombardeamentos a áreas residenciais são avaliados.
Segundo noticia a agência Associated Press (AP), não ficou claro, neste balanço das últimas 24 horas, se todas as baixas eram civis.
A agência estatal de emergências realçou que as baixas podem ser maiores porque os danos do bombardeamento das forças russas a áreas residenciais da segunda maior cidade da Ucrânia ainda estavam a ser avaliados.
Ao início da tarde, o governador regional tinha referido que pelo menos 11 pessoas morreram e centenas ficaram feridas hoje num ataque de mísseis russos em bairros residenciais em Kharkiv.
"Kharkiv. Um ataque impiedoso e sem sentido a um bairro residencial com mísseis! Cadáveres nas ruas", escreveu Anton Guerashenko, assessor do Ministério do Interior da Ucrânia, no serviço de mensagens Telegram, onde divulgou vídeos com imagens do ataque.
Num dos vídeos que circula nas redes sociais, podiam ver-se corpos das vítimas mortais e dos feridos nas ruas dos bairros.
Num outro, com duração de 30 segundos, surgiam imagens de cerca de 15 mísseis a atingir um sector da cidade, localizada no nordeste da Ucrânia.
Este ataque ocorreu enquanto, no outro extremo do país, na fronteira ucraniana-bielorrussa, delegações da Ucrânia e da Rússia estavam reunidas para negociar pela primeira vez desde que a Rússia iniciou a invasão da Ucrânia, na passada quinta-feira.
As delegações ucraniana e russa terminaram as conversações que realizaram ao longo do dia de hoje na Bielorrússia, e admitiram um novo encontro "em breve".
"As partes estabeleceram uma série de prioridades e questões que requerem determinadas decisões" antes de uma segunda ronda de conversações, disse Mikhail Podoliak, um dos negociadores ucranianos, citado pela agência AFP.
O seu homólogo russo, Vladimir Medinsky, disse que o novo encontro terá lugar "em breve" na fronteira entre a Polónia e a Bielorrússia.
A Rússia lançou na quinta-feira de madrugada uma ofensiva militar na Ucrânia, com forças terrestres e bombardeamento de alvos em várias cidades, que já mataram mais de 350 civis, incluindo crianças, segundo Kiev. A ONU deu conta de mais de 100 mil deslocados e quase 500 mil refugiados na Polónia, Hungria, Moldova e Roménia.
O Presidente russo, Vladimir Putin, disse que a "operação militar especial" na Ucrânia visa desmilitarizar o país vizinho e que era a única maneira de a Rússia se defender, precisando o Kremlin que a ofensiva durará o tempo necessário.
O ataque foi condenado pela generalidade da comunidade internacional e a União Europeia e os Estados Unidos, entre outros, responderam com o envio de armas e munições para a Ucrânia e o reforço de sanções para isolar ainda mais Moscovo.(RM/ NMinuto)
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