Sindicato sul-africano quer intensificar protestos para exigir reajuste salarial

O Sindicato sul-africano de Educação, Saúde e Trabalhadores aliados, prometem intensificar, a partir desta segunda-feira, as acções de protesto para exigir o reajuste salarial.

O Sindicato parece não estar disposto a acatar as ordens judiciais de interrupção da greve, emitidas por alguns tribunais provinciais, e mesmo os apelos para que os funcionários da saúde regressem aos seus postos de trabalho, na qualidade de prestadores de serviços essenciais.

As negociações sobre o reajuste salarial colapsaram o ano passado e a proposta avançada, este ano, pelo governo também não agrada o sindicato. Os trabalhadores exigem um aumento de dez por cento e o governo diz que só pode reajustar o salário na ordem de quatro vírgula sete por cento.

Este domingo, o presidente do Sindicato de Educação, Saúde e Trabalhadores Aliados, Mike Shingane, disse que a greve vai continuar, agora com a adesão de mais membros:

“A greve vai continuar e com mais intensidade que semana passada porque o estado esta a responder com violência sobre os trabalhadores. Os trabalhadores estão determinados e vão continuar a protestar em todos os locais onde se encontrem os membros do sindicato, mesmo queles que semana passada não protestaram esta semana estarão envolvidos. Muitas instituições que prestam serviço público vão estar afectadas”, disse.

Também este domingo, o Sindicato dos Trabalhadores da Saúde e Afins anunciou que se vai juntar à greve, a partir desta segunda-feira.

O sindicato, que se diz independente, progressista, democrático e politicamente não-alinhado, representa cerca de vinte mil trabalhadores da saúde, empregados nos sectores público e privado.

Semana passada foram reportadas cenas de violência, com alguns grevistas a serem acusados de bloquear o acesso aos hospitais.

O Ministro sul-africano da Saúde anunciou quatro mortes que as relaciona com a greve em curso. (RM Pretória)