Quinze combatentes pró-regime foram mortos hoje na Síria em ataques a três instalações militares realizados simultaneamente por combatentes do Estado Islâmico (EI) no deserto, segundo o Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH).
"Membros do EI atacaram de surpresa três instalações militares das forças do regime e de grupos afiliados a elas no leste da província central de Homs, matando pelo menos 15 forças de defesa nacional", disse o OSDH.
A imprensa estatal síria não fez qualquer referência imediata aos ataques.
Apesar da sua derrota territorial na Síria em 2019, o grupo extremista, cujos membros estão reclusos no vasto deserto sírio, continua a realizar ataques mortais, visando principalmente as forças pró-governamentais e as forças lideradas pelos curdos aliados dos Estados Unidos.
O último grande ataque do EI na Síria ocorreu em 19 de abril, quando morreram 28 soldados sírios e combatentes pró-governamentais em dois ataques em duas áreas controladas pelo governo, nomeadamente na província de Homs.
A maioria dos mortos eram membros de uma fação chamada Brigada al-Quds, que inclui combatentes palestinianos, de acordo com o OSDH, organização não-governamental sediada no Reino Unido, que tem uma vasta rede de fontes no país devastado pela guerra.
O EI assumiu o controlo de vastas áreas da Síria e do Iraque em 2014, proclamando o seu "califado" e lançando um reino de terror antes de ser derrotado em 2019 por uma coligação internacional anti-jihadista liderada pelos EUA e pelas forças curdas.
Desde o início do ano, mais de 299 soldados e combatentes pró-governamentais foram mortos em ataques, emboscadas e explosões do EI, nomeadamente nas províncias de Deir Ezzor, Homs e Raqqa, segundo o Observatório.
A guerra na Síria, que começou em 2011 depois de o governo ter reprimido brutalmente as manifestações pró-democracia, já causou mais de meio milhão de mortos e dividiu o país. (RM-NM)
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