Trinta pessoas foram mortas, esta sexta-feira, por jihadistas numa emboscada contra um comboio que transportava o governador do Estado de Borno (nordeste da Nigéria), segundo um novo balanço que consta de um relatório hoje divulgado.
Inicialmente tinha sido avançado um número de 15 pessoas, que, entretanto, duplicou, de acordo com duas fontes de segurança que afirmaram que doze polícias, cinco soldados, nove civis e quatro membros de uma milícia apoiada pelo Governo estão entre as vítimas.
Os insurgentes atacaram com armas automáticas e lança-granadas durante a passagem do comboio por uma aldeia perto da sede da Força Militar Conjunta Internacional (MNJTF), que é formada por militares dos exércitos da Nigéria, Níger, Chade e Camarões.
O governador Babagana Umara Zulum viajava para Baga com o objectivo de preparar o regresso de milhares de habitantes expulsos da cidade pelos 'jihadistas' em 2014, segundo acrescentou a fonte.
Após o incidente, o governante foi transportado de helicóptero para a cidade de Monguno, a 60 quilómetros de distância, e dirigiu-se para Baga num comboio de alta segurança, revelou outra fonte.
As estradas que atravessam o estado de Borno são perigosas devido à presença de combatentes 'jihadistas' do Estado Islâmico na África Ocidental (ISWAP, na sigla em inglês) e dos seus rivais, o Boko Haram, que frequentemente montam barreiras para matar ou sequestrar viajantes.
Mais de 36 mil pessoas foram mortas desde 2009 devido à violência naquela região e mais de dois milhões de pessoas ainda não puderam regressar às suas casas.
As Nações Unidas estimam que quase sete milhões de pessoas dependam da ajuda humanitária para sobreviver na região do Lago Chade, afectada por 10 anos de conflitos contra grupos 'jihadistas'. (RM /NMinuto)
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