Fundo de Emergência das Nações Unidas para a Infância e a Organização Mundial da Saúde, alertam sobre uma possível sobrecarga do Sistema de Saúde do Malawi, face a propagação do surto da cólera, que já matou pelo menos 100 pessoas, em 22 distritos.
As estatísticas do Ministério da Saúde indicam que, até Agosto último, a cólera afectava um total de 12 distritos, e um mês depois, o número de distritos afectados duplicou.
Neste momento, apenas seis distritos do país ainda não foram atingidos pelo vibrião colérico, motivo de preocupação das autoridades governamentais.
Mesmo com a vacinação massiva contra a cólera e a observância rigorosa das regras básicas de saúde e higiene, o governo de Lilongwe não consegue conter o alastramento da doença.
Até último domingo, os dados indicavam o registo de 99 óbitos e um cumulativo de 3.314 casos.
De acordo com o Ministério da Saúde, a cólera mata três a quatro pessoas em 100 casos diagnosticados, o que contraria a taxa de mortalidade estabelecida pela OMS, que não deve ser superior a uma num universo de 100 pessoas.
Face a situação, o Ministério da Saúde projecta realizar um estudo para determinar as causas do aumento de casos de cólera numa estacão seca.
O porta-voz do Ministério da Saúde, Adrian Chikumbe, reconhece que seja normal ter um surto de cólera durante a estação seca, mas o problema reside na resistência da doença face às múltiplas medidas de contenção.
O Malawi registou o primeiro caso de cólera em Março deste ano no Hospital Distrital de Machinga, e a partir daí a doença se espalhou para mais seis distritos da região sul entre Abril e Agosto.
Neste momento todos distritos da região sul, centro e parte do norte estão afectados pela doença. ( RM /NMinuto)
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