O antigo primeiro-ministro britânico Tony Blair defendeu esta quarta-feira uma "revolução tecnológica" em África, estimando ser necessário atrair 80.000 milhões de euros até 2030.
Numa intervenção na Cimeira Tech Africa a decorrer em Nairobi, Quénia, citada num comunicado, Blair disse que "a tecnologia está a mudar o mundo, é o equivalente do século XX à Revolução Industrial do século XIX" e que representa uma grande oportunidade para o continente.
Porém, avisou, "o custo da conformidade regulatória para 'startups' de tecnologia que querem crescer é muito alto", pelo que o investimento no ecossistema tecnológico da África ainda está "muito abaixo do que outras partes do mundo estão a receber".
De acordo com um estudo do Instituto Tony Blair para a Transformação Mundial publicado na semana passada, o investimento em 'startups' de tecnologia africanas tem estado a acelerar, atraindo 4.900 milhões (4.330 milhões de euros) em financiamento em 2021, mais 243% do que em 2020.
"Se as tendências positivas atuais forem mantidas e o potencial transformador da tecnologia for desbloqueado, a África poderá garantir um financiamento para 'startups' de tecnologia de mais de 90.000 milhões de dólares [80.000 milhões de euros] até 2030", refere o documento, que deixa 10 recomendações para colocar África "no caminho para a excelência tecnológica".
Para obter este dinheiro, vinca, "os governos precisam de fazer investimentos significativos para atrair e facilitar financiamentos, melhorar o ambiente de negócios e fortalecer as redes" de apoio a empreendedores.
Entre as recomendações, o estudo propõe desenvolver veículos de financiamento, criar um mercado digital único (SDM) no âmbito da Zona de Comércio Livre Continental Africana (AfCFTA), melhorar a infra-estrutura e competências digitais ou lançar uma "Rede de 'Startups' Pan-Africana". (RM-NM)
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