A União Europeia (UE) decidiu hoje impor sanções contra seis organizações no Sudão, por causa da degradação das condições humanitárias decorrentes do conflito entre as Forças Armadas e as paramilitares Forças de Acção Rápida (RSF).
Em comunicado, o Conselho da UE anunciou a adopção de sanções contra "seis entidades", à luz "da gravidade da situação no Sudão, onde continuam os combates entre as Forças Armadas Sudanesas e as Forças de Acção Rápida e as suas respectivas milícias afiliadas".
A UE incluiu seis entidades "responsáveis pelo apoio a actividades que diminuem a estabilidade e a transição política" no país, quase todas ligadas à indústria da Defesa.
Estas organizações ficaram com os recursos congelados.
A União Europeia reiterou a necessidade de as partes envolvidas no conflito cessarem as hostilidades, que duram desde meados de Abril passado, e regressarem às negociações.
O alto-representante da UE para os Negócios Estrangeiros, Josep Borrell, alertou para a "escalada dramática da violência" e para o "custo irreparável de vidas humanas" em Darfur e no resto do país.
Desde 15 de Abril, a guerra entre o exército e as RSF fez mais de 13.000 mortos, segundo um relatório altamente subestimado da ONG Armed Conflict Location & Event Data Project (Acled).
Além disso, mais de sete milhões de pessoas foram deslocadas, de acordo com a ONU. (RM-NM)
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