O Conselho da União Europeia (UE) decidiu hoje reforçar, no âmbito do
Mecanismo Europeu de Apoio à Paz, a assistência dada às forças armadas
moçambicanas, visando torná-las "operacionais e auto-suficientes", num
montante total de 89 milhões de euros.
"O Conselho adoptou hoje uma decisão que altera a medida de assistência
para apoio às forças armadas moçambicanas ao abrigo do Mecanismo
Europeu de Apoio à Paz, adoptada em Novembro de 2021, acrescentando
um montante adicional de 45 milhões de euros", anuncia em comunicado
a estrutura que junta os Estados-membros da UE.
Segundo o Conselho da UE, com o aval de hoje, o apoio comunitário a
Moçambique, ao abrigo do Mecanismo Europeu de Apoio à Paz, ascende
agora a 89 milhões de euros.
"A medida de assistência visa reforçar o apoio da UE ao desenvolvimento
de capacidades e ao destacamento das unidades das forças armadas
moçambicanas formadas pela Missão de Formação Militar da UE [EUTM]
em Moçambique", explica a estrutura.
Em concreto, "o objectivo é assegurar que a formação seja tão eficiente e
eficaz quanto possível, permitindo que as tropas treinadas pela EUTM
sejam plenamente operacionais e auto-suficientes no momento do
destacamento", adianta.
O Conselho da UE aprovou, em Outubro passado, o lançamento da EUTM,
visando promover uma resposta mais eficiente e eficaz das forças
armadas moçambicanas à crise na província de Cabo Delgado,
proporcionando-lhes formação e reforço de capacidades.
Já em Novembro, o Conselho adoptou uma medida de assistência de
cerca de 44 milhões de euros a Moçambique, de apoio às unidades
militares moçambicanas formadas pela missão de formação da UE em
Moçambique.
O Mecanismo Europeu de Apoio à Paz foi criado em Março de 2021 para
financiar todas as acções da Política Externa e de Segurança Comum em
áreas militares e de defesa, com o objectivo de prevenir conflitos,
preservar a paz e reforçar a segurança e estabilidade internacionais.
A primeira missão militar da UE em Moçambique, dedicada a treinar
tropas para enfrentar a insurgência armada em Cabo Delgado, arrancou
em 03 de Novembro com uma cerimónia oficial na Companhia de
Fuzileiros Independente da Katembe, Maputo.
A missão de dois anos e que deverá contar com 140 militares formadores
responde ao pedido de ajuda do Governo moçambicano para preparação
das suas tropas.
O efectivo da missão não se envolverá em operações militares, contará
com cerca de 140 militares divididos entre dois centros de treino, um para
comandos no Campo Militar do Dongo (Chimoio) e outro para fuzileiros na
Katembe, cidade de Maputo.
Fonte: RM/NMinuto
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