ULAYO FEST abre novos caminhos para a inclusão de grupos vulneráveis no sector criativo

Teve lugar entre os dias 8 a 13 de Julho corrente, na cidade de Maputo, a 3ª edição do ULAYO-Fest, que escalou os Centros Culturais Franco Moçambicano (CCFM), Moçambicano Alemão (CCMA), Camões–Centro Cultural Português, Cine-Teatro Scala e 16 Neto.

Participaram mais de vinte artistas entre nacionais e estrangeiros de diversas manifestações culturais, que demonstraram as suas habilidades artístico-culturais. Produzido pela Plataforma Queer-ULAYO, a semana pretendia aumentar a inclusão, a visibilidade e a discussão dos direitos humanos.

Os organizadores do festival, fazem um balanço positivo da terceira edição da ULAYO – Fest 2024, que teve como pano de fundo a realização da Conferência Nacional de Empoderamento Económico LGBTQIA+ sob o tema: “Potencializando as indústrias Culturais”, uma montra de debate que juntou no auditório do CCFM, artistas, empreendedores, consultores, académicos da cultura para encontrarem soluções para a inclusão financeira dos artistas.

O ponto de partida, foi a abertura da exposição intitulada “Manas 2000-2024”, que esteve patente, na Galeria do Centro Cultural Franco-Moçambicano, uma amostra da fotógrafa dinamarquesa Ditte Haarløv Johnsen, que narra a luta ou resiliência do movimento de luta pelos direitos humanos em Moçambique,
através da fotografia.
Os dias seguiram com a apresentação da performance da renomada poetisa sul-africana Koleka Putuma, com os seus versos e estrofes que compõem os seus poemas apresentou a performance “A revolução não será transmitida pela televisão”, que fez rejubilar os presentes que ocuparam as cadeiras do Cine SCALA.
O networking, a mostra de cinema de Moçambique e Tanzânia, foram outros condimentos, que movimentaram os espectadores para os espaços organizados para o efeito.
A festa de encerramento foi marcada por um comovente espectáculo protagonizado pela artista moçambicana La Santa, além de uma colaboração musical entre os artistas Tofa Jaxx, da Tanzânia, e Stefânia Leonel, de Moçambique.
Com uma agenda rica e diversificada, artistas convidados e o público em geral, são unanimes em afirmar que a semana foi preenchida de actividades inclusivas.(x)