A Organização Mundial da Saúde (OMS) voltou a alertar esta segunda-feira para as duas velocidades da pandemia no mundo, motivadas pelo ritmo de vacinação, que varia de continente para continente, e de país para país.
Na conferência de imprensa de hoje, a OMS admitiu a “grande preocupação” que sente relativamente à variante Delta (a estirpe originalmente identificada na Índia) e que já circula em 92 países.
“O número de casos de coronavírus a nível mundial está a descer pela oitava semana consecutiva, e as mortes desceram pela sétima semana consecutiva. São boas notícias, mas as novas infecções e mortes permanecem altas em termos globais”, enalteceu o director-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus.
“Na semana passada, foram reportados mais de 2,5 milhões de casos de Covid-19 e quase 64 mil mortes – são 250 casos e seis mortes a cada minuto, do que temos conhecimento”, acrescentou o principal responsável da organização das Nações Unidas.
Tedros Adhanom Ghebreyesus fez notar que “em África, o número de casos de Covid-19 e de mortes aumentou quase 40% na semana passada, e em alguns países o número de óbitos triplicou ou quadruplicou”.
É um mundo a duas velocidades na pandemia, “onde um punhado de países tem taxas de vacinação altas e registam agora números baixos de hospitalizações e de mortes”, enquanto “outros países em África, no continente americano, e na Ásia enfrentam agora acentuadas epidemias de Covid-19”. “Estes casos e mortes podiam ser, na maioria, evitados”, lamentou o director-geral da OMS.
Para a recente subida de casos em muitos países tem contribuído a rápida propagação da variante Delta do coronavírus. “A variante Delta é a grande preocupação para nós”, reconheceu Maria Van Kerkhove, a responsável de enfermidades emergentes da OMS.
“Actualmente, há 92 países onde circula esta variante. É mais transmissível do que a Alfa (vulgo britânica) e está a propagar-se muito rapidamente por todo o mundo: Estão a ser aliviadas as medidas de proteção social e sanitárias, e às vezes são relaxadas demasiado cedo”, frisou Van Kerkhove. “A vacina continua a ser eficiente, mas são necessárias as duas doses para ter toda a protecção. Uma não é suficiente. Se a vacinação não for concluída, esta variante vai continuar a propagar-se”, rematou. (RM /NMinuto)
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