O Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, decretou hoje a mobilização geral de todas as pessoas com idade para servir no exército após a invasão da Ucrânia pela Rússia.
"O projecto de lei para a aprovação do decreto presidencial sobre a mobilização geral foi submetido à Verkhovna Rada da Ucrânia (Parlamento)" para a sua adopção, informou o Legislativo ucraniano através da rede social Telegram.
Zelensky já havia imposto hoje a lei marcial em todo o país após o início da operação militar da Rússia.
"Nós impomos a lei marcial em todo o território do nosso Estado", anunciou o Presidente num vídeo em seu canal oficial do Telegram.
Zelensky também anunciou o rompimento das relações diplomáticas entre a Ucrânia e a Rússia após a agressão militar contra o território ucraniano ordenada pelo chefe do Kremlin, Vladimir Putin.
"Esta manhã entrou para a história, mas essa história é absolutamente diferente para nosso país e para a Rússia. Cortámos relações diplomáticas com a Rússia", declarou Zelensky.
O Presidente da Ucrânia também declarou que o exército ucraniano está envolvido em "combates pesados" em todo o território nacional, de "Donbass a outras regiões do leste, norte e sul".
Zelensky enfatizou que o banco estatal e o sistema financeiro ucraniano têm "recursos suficientes" para garantir a defesa do Estado e "os interesses dos cidadãos ucranianos".
Mais cedo, o Presidente ucraniano ordenou que o seu exército infligisse "as maiores perdas possíveis ao invasor" após ataques russos a várias regiões ucranianas.
A Rússia lançou hoje de madrugada uma ofensiva militar em território da Ucrânia, com forças terrestres e bombardeamento de alvos em várias cidades, que as autoridades ucranianas dizem ter provocado dezenas de mortos nas primeiras horas.
O Presidente russo, Vladimir Putin, disse que o ataque responde a um "pedido de ajuda das autoridades das repúblicas de Donetsk e Lugansk", no leste da Ucrânia, cuja independência reconheceu na segunda-feira, e visa a "desmilitarização e desnazificação" do país vizinho.
O ataque foi de imediato condenado pela generalidade da comunidade internacional e motivou reuniões de emergência de vários governos, incluindo o português, e da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO), União Europeia (UE) e Conselho de Segurança da ONU. (RM /NMinuto)
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